A vida de um bebê ultrapassa barreiras ideológicas e culturais e une dois povos em conflito há quase 70 anos.
Médicos de Israel e da Palestina uniram-se à equipe brasileira, que conta com médico de Taubaté, para operar o feto de uma gestante palestina, de 32 anos. A cirurgia ocorreu no final de janeiro no hospital Hadassah, em Jerusalém. Uma israelita de 30 anos também foi operada. “Fato que demonstra um espírito de cooperação internacional e tolerância religiosa”, diz Gregório Lorenzo Acácio, ginecologista especializado em medicina fetal.
Ele e a médica Denise Pedreira desenvolveram a técnica operatória usada nas duas gestantes. Uma grávida chilena de 27 anos também foi operada, além de 52 brasileiras.
Professor da Unitau (Universidade de Taubaté) há 21 anos e membro do grupo de cirurgia fetal do Hospital Albert Einstein, Acácio explica que a técnica é menos invasiva e permite operar fetos com meningomielocele, doença que provoca dificuldade de locomoção e de controle das fezes e urina. A enfermidade atinge 1 em cada 1.000 fetos.
A cirurgia era feita abrindo-se a barriga e o útero da mãe e expondo o feto. Os riscos são maiores. Os brasileiros desenvolveram técnica que evita a necessidade de abrir a barriga. A cirurgia usa os princípios da fetoscopia e é feita por meio de quatro furos na barriga da mãe, pelos quais passam uma câmera e instrumentos cirúrgicos. O feto é operado por imagem, como uma laparoscopia –exame do abdômen.
Fonte e Matéria: https://www.ovale.com.br/_conteudo/2017/04/brasil/1323-medico-do-vale-opera-feto-palestino-em-israel.html